ESTRUTURAS DE AÇO

HÁ MUITO A EVOLUIR

Há muito a evoluir

Estou desenvolvendo o Projeto Engenheiro do Aço. Este projeto visa a promoção de estruturas de aço nas universidades.

Tenho estabelecido um diálogo entre empresas da cadeia produtiva do aço e universidades, com intuito de criar parcerias para o projeto.

Estarei neste mês de outubro de 2018 palestrando em 3 universidades de São Paulo, discutindo o déficit técnico crescente dos novos profissionais que entram no mercado de trabalho.

Recentemente fiz uma pesquisa, para começar a entender o perfil técnico dos novos engenheiros civis, formados e que estão formando nos próximos anos.

Ver pesquisa: https://docs.google.com/forms/d/1b_IF9m3N4_La4k5JZhiYDShJui-OmgMzvYYihiOyUFA/edit#responses

Pude constatar um grande descontentamento a respeito do ensino sobre aço estrutural nos 250 engenheiros que participaram da pesquisa. Grandes universidades tem encurtado seus conteúdos e a maioria já colocam a disciplina Estruturas Metálicas junto com a diciplina Estruturas de Madeiras, dadas em um único período letivo de seis meses.

Tempo de estudo sobre aço na Engenharia Civil

O consumo de aço no Brasil hoje é inferior a 4 kg/hab, contra 23 kg/hab no Reino Unido e 30 kg/hab nos EUA por ano.

É claro que temos fatores econômicos, políticos, tributários, que alteram todo o cenário, mas um fator que passa despercebido, é que cada vez saímos sabendo menos sobre aço das universidades.

E se não entendemos como usar o aço e quais suas vantagens, não utilizaremos aço.

No desenvolvimento deste projeto eu procurei o presidente da BCSA, Tim Outterriged. A British Constructional Steelwork Association é a associação comercial da indústria siderúrgica de construção no Reino Unido e Irlanda.

Palavras do Tim:

“Many companies invest as much as 5-6% of income into training and graduates as well as trade apprentices […] we have a skills shortage in the UK and we are all trying to attract the best minds into Engineering.”

Tradução: “Muitas companhias investem mais de 5 a 6% de seu faturamento em treinamento de graduandos bem como aprendizes. Nós temos uma carência técnica no Reino Unido e todos tentamos atrair as melhores mentes para engenharia.”

É chegada a hora de parcerias efetivas com investimentos neste sentido, para que esse quadro não se torne um complicador futuro. Os profissionais de 20, 30 anos de mercado ainda estão atuantes, propondo soluções e desenvolvendo projetos apesar do contexto econômico desfavorável atual. Mas o que ocorrerá daqui duas décadas? Importaremos mão de obra técnica quando o Brasil precisar investir em projetos de infraestrutura?

A carência técnica em estruturas de aço dos alunos de engenharia civil de hoje, será um entrave para o crescimento do setor amanhã.

Fonte: Laminador SSAB

Daniel Ferraz

www.linkedin.com/in/daniel-ferraz

 

 



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